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“O crescimento da economia está melhor que o esperado”

Acrefi e Tendências

Seminário Acrefi e Tendências consultoria repercute o futuro da economia brasileira e global a curto e médio prazo.

A Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e a Tendências Consultoria realizaram, nesta semana, um café da manhã para discutir os principais aspectos do cenário macroeconômico brasileiro e global.

Abrindo o evento, ÉricoSodré Quirino Ferreira, presidente da Acrefi, manifestou preocupação com a situação do Brasil perante o atual cenário de crise mundial. “O Brasil está blindado internamente, porém está à mercê do cenário externo. Ele fatalmente irá afetar nosso país, por mais preparados que estejamos”, alertou.

O sócio da Tendências Consultoria, Márcio Nakane,que também participou do encontro, falou sobre as perspectivas para o mercado de crédito no biênio 2011 e 2012. “Apesar de delicada, a crise atual não deve ter o mesmo impacto que a crise de 2008 para o cenário de crédito brasileiro. Embora exista o risco do problema fiscal em países desenvolvidos ganhar proporções maiores, não vislumbramos contágio acentuado no nosso canal de crédito”, apontou.

Nakane repercutiu as estimativas de evolução do histórico de crédito, apresentando os valores reais de crescimento em cada período – ou seja, acima da inflação oficial correspondente. O especialista chamou a atenção ao fato do cálculo utilizado por ele ser diferente do Banco Central. “Inclusive, nós todos estamos acostumados a acompanhar a evolução nominal das variáveis de crédito como são divulgadas pelo Banco Central que, inclusive, havia estimado no primeiro trimestre um teto de expansão desejado de 15%”, alertou.

Com isso, o especialista estimou, para 2011, uma alta de 7,4% no saldo destinado ao crédito à Pessoa Física, e aumento de 8,8% no estoque à Pessoa Jurídica. “Devido ao ritmo mais moderado da atividade econômica doméstica e considerando uma baixa probabilidade de contaminação da crise internacional, mantivemos nossa projeção de taxas de crescimento menores para os saldos PF e PJ até o final do ano”.

Quanto aos saldos de crédito, o especialista destacou que, em agosto de 2011, o saldo da carteira de Pessoa Física somou R$ 615,4 bilhões – crescimento de 10,2% sobre agosto de 2010. “No entanto, apesar do forte crescimento, o saldo já apresentou desaceleração em relação a julho de 2011 (11,3%). De qualquer forma, nossa expectativa é fechar 2012, com aumento de 9,5%no crédito para Pessoa Física”.

As projeções de Pessoa Jurídica, embora mais moderadas que as de Pessoa Física, também demonstram otimismo: “O saldo da carteira de PJ aumentou de agosto de 2011 9,8% ante agosto de 10. Para 2011, 2012, o aumento estimado é de 9,5%”.

Os prazos de financiamento também são alvo de grande expectativa no mercado: de acordo com Nakane, “a tendência geral de alongamento dos prazos médios dos financiamentos, que havia sido interrompida com a crise mundial, foi retomada ao longo de 2010”. Segundo o especialista, as medidas macroprudenciais implementadas no final de 2010 limitaram o crescimento dos prazos ao longo de 2011, principalmente na carteira de Pessoa Física.


Balanço geral de 2011 e perspectivas a médio e longo prazo – O economista-chefe da Acrefi, Nicola Tingas, fez durante o encontro uma análise do cenário internacional. “Dentre os destaques do relatório do FMI, foi enfatizado o problema de funding que os bancos têm em algumas economias, o risco de desalavancagem, contração de crédito, queda de PIB e a necessidade de preservar a capitalização dos bancos. Além disso, vê-se como necessária uma ação de credibilidade fiscal e consolidação de estratégias”.


Tingas enfatizou que os países desenvolvidos continuarão a passar por questões delicadas em suas finanças, e que o crescimento mundial continuará a ser sustentado pelos países emergentes. “Embora a China também tenha sofrido uma forte desaceleração, ela continua sustentando altas taxas de crescimento. A América Latina, por sua vez, deve encerrar 2011 com uma projeção de crescimento de 4,2%”.

No cenário nacional, Tingas falou sobre a desaceleração brasileira, intensificada no segundo semestre de 2011. “Enquanto o segundo trimestre de 2011 apresentou um crescimento de 3,1% sobre o mesmo período do ano anterior, a alta sobre o primeiro trimestre de 2011 foi de somente 0,8%”.

O economista comentou a importância da postura do governo em estimular a manutenção e, até mesmo, o aumento do emprego e da renda. “São elementos vitais para manter crescimento, enquanto busca-se maior investimento. Além disso, a redução dos juros básicos da economia libera custo orçamentário do governo central, facilitando incentivo aos investimentos e o consumo”.

O especialista, ao final da apresentação, repercutiu as principais linhas da Pesquisa Acrefi de Sensibilidade de Crédito e Consumo, realizada, em caráter inédito, junto aos associados da entidade. O levantamento em questão vislumbrou a opinião dos players de mercado até o fim do governo Dilma. Mediante as informações em questão, Tingas estimou que “2011 será um ano de razoável a bom, melhor do que o esperado, embora o primeiro semestre tenha sido pior”. Por isso, segundo o economista, “para 2012, a cautela ainda predomina mediante o cenário do final de 2011. A tendência dos juros é a de que permaneçam em queda a até 10%, embora muitos percebam que o governo possa reduzir ainda mais”.

O levantamento apontou que, quanto à inadimplência, a preocupação está na alta de consumo de linhas de baixa garantia e tarifas altas – especialmente cheque especial e cartões de crédito. “De qualquer modo, a preocupação maior é com a inadimplência atual, que ainda apresenta um ciclo de alta, mas que deve se acomodar até o final do ano”, afirmou o economista.

Finalizando, com o gancho da pesquisa em questão, Tingas disse que o crescimento econômico atual mais ponderado do que o período 2009/2010 também deve ser encarado como um amadurecimento da economia. “Esse cenário deve perdurar até 2014. O ambiente institucional, ao meu ver, será melhor, e os maiores investimentos na economia sancionam o cenário de aceleração da demanda de crédito”.

fonte: Revista Fator


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